ISCAS DE PORCO E POESIA
Rcctoronto 2011c
É
talvez um excesso de tristezas...
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Quando acampam de noite, é no relento,
Que vão sonhar seu Sonho aventureiro;
Seu teto é o vácuo azul do Firmamento,
Lar? o lar do cigano é o mundo inteiro.
Que vão sonhar seu Sonho aventureiro;
Seu teto é o vácuo azul do Firmamento,
Lar? o lar do cigano é o mundo inteiro.
Às vezes, em vigílias ambulantes,
A noite em fora, entre canções dalmatas,
Vão seguindo ao luar, vão delirantes,
Alados no langor das serenatas.
A noite em fora, entre canções dalmatas,
Vão seguindo ao luar, vão delirantes,
Alados no langor das serenatas.
Gemem guzlas e vibram castanholas,
E este rumor de errantes cavatinas
Lembra coisas das terras espanholas,
Nas saudades das terras levantinas.
E este rumor de errantes cavatinas
Lembra coisas das terras espanholas,
Nas saudades das terras levantinas.
E, então, seus vultos tredos envolvidos
Em vestes rotas, sórdidas, imundas.
Vão passando por ermos esquecidos,
Como um grupo de sombras vagabundas.
Em vestes rotas, sórdidas, imundas.
Vão passando por ermos esquecidos,
Como um grupo de sombras vagabundas.
Lá vem os saltimbancos, às dezenas,
Levantando a poeira das estradas,
Vêm gemendo bizarras cantilenas,
No tumulto das danças agitadas.
Levantando a poeira das estradas,
Vêm gemendo bizarras cantilenas,
No tumulto das danças agitadas.
Povo sem Fé, sem Deus e sem Bandeira!
Todos o temem como horrível gente,
Mas ele na existência aventureira,
Ri-se do medo alheio, indiferente.
Todos o temem como horrível gente,
Mas ele na existência aventureira,
Ri-se do medo alheio, indiferente.
E, livres como o Vento e a Luz volante,
Sob a aparência de Infelicidade,
Realizam, na sua vida errante,
O poema da eterna Liberdade.
Poema integrante da série Poemas Inéditos. In: LEONI, Raul de. Trechos escolhidos. Org. Luiz Santa Cruz. Rio de Janeiro: Agir, 1961. (Nossos clássicos, 58).
Sob a aparência de Infelicidade,
Realizam, na sua vida errante,
O poema da eterna Liberdade.
Poema integrante da série Poemas Inéditos. In: LEONI, Raul de. Trechos escolhidos. Org. Luiz Santa Cruz. Rio de Janeiro: Agir, 1961. (Nossos clássicos, 58).
Iscas de Porco na Frigideira.
Corte pequenas tiras de lombo - pernil/mais ou menos 3 xícaras de chá.
Coloque numa vasilha e acrescente:
o suco de 1 limão,
flor de sal - 2 pitadas
1 colher de azeite
1 colher de pemperos.
coloque na frigideira e vá mexendo, coloque pingos de água e vá fritando.
comer com pão é um show.
Cozinha dos Vurdóns
Um belo concerto de pássaros
ResponderExcluirVistos pelo seu belo olhar.
Excluirbjs nossos
O quadro é um excesso, mas de alegrias! Assim o vejo eu, cheio de luz e de cor, como a Natureza.
ResponderExcluirE não, não mais " um povo sem Fé, sem Deus e sem Bandeira". Já não.
As iscas, simples de fazer e riquíssimas.
E a minha simpatia e amizade, sempre.
E que não faltem os beijos.
Sua amizade e sua simpatia enchem nossas esperanças. Nem imagina o quanto lembramos de vc e de muitas outras queridas amigas.
Excluirbjs e obrigada pelo carinho
Maravilhosa postagem! Parabéns! Lindas,tanto a pintura quanto a poesia de Raul De Leoni! A receita deliciosa!Que Sara as abençoe,queridas!Devlesa! Sete mil beijos perfumados de jasmins!
ResponderExcluir7 mil beijos foram o máximo e de jasmim, perfumou o nosso dia.
Excluirbjs nossos
Se o lar é o local do aconchego, que a terra que recebe um cigano seja para ele um doce lar. É um desejo!
ResponderExcluirO poema é belíssimo, as iscas encheram de perfume e sabor a minha imaginação.
Muitos beijos!
Que seu desejo se torne realidade em breve.
Excluirbjs nossos
Como sempre sabe tão bem visitá-las.
ResponderExcluirUm poema "nu e cru" de uma realidade ainda tão presente nos nossos dias.
Quanto às iscas, ADORO!!!!! ehhehe
Mil beijos deitados à lua
Em noites de liberdade
Cá deste lado do mundo
Lembro-as com enorme AMIZADE!!!
Saudades sempre amiga, essa isca dá até pra virar a noite conversando né?
Excluirbjs sempre, deste lado de cá do Atlântico.
bjs
Sempre igual e poética a nossa Carlota!
ExcluirA pintura é outro show! Linda e colorida dá esperança, apesar da poesia ser dura como pedras... Realidade? Sim, mas a realidade também se muda porque há esperança!
ExcluirQueridas Amigas,
ResponderExcluirApesar de não ser fã de fígado, gostei deste sabor a poesia. A tela é luminosa.
Na minha janela tenho poesia brasileira de cordel porqueNa Biblioteca Nacional de Portugal se recorda a poesia brasileira :)
Beijinhos para todas
Pois coma em paz, são de lombo Ana. Detesto fígado rsrsrsrs
ResponderExcluiramamos cordel, são livres e reais.
bjs nossos
OLá amigas! Vou já experimentar este "show"! Sempre boas ideias e coisas apetitosas!
ResponderExcluirUM beijo grande do falcão amigo!
sei que vai, é rápido né??? adoro quando vc se mete na cozinha.
Excluirenfim vamos fazer as broas, lembra?
bjs muitos