A COZINHA CONVIDA: COMBATA O CRIME DE ÓDIO COM POESIA
Era ali, naquele recanto do retrato,
que eu gostava de entrar,
parar junto desse homem de barbas
brancas,
de olhar deserto, insubmisso,
no rasto do sol, no caminho do feno,
com a flor do trigo
e a terra exausta.
Era ali, naquele recanto do retrato,
que eu gostava de ficar,
no horizonte raso,
no silêncio prolongado,
com o canto do seu povo,
e estender-lhe a mão.
Era ali, naquele recanto do retrato,
que eu gostava de viver,
na poalha das auroras,
no ardor dos poentes,
nas noites ao luar,
e poder dizer-lhe
“meu irmão” .
Mamé
Poema que a nossa amiga Mamé nos enviou, daqui, dos banquinhos da cozinha agradecemos mais esse carinho.
“ Doce Deusa, daí-me saúde, Santa Deusa, daí-me felicidade e graça, para onde quer que eu vá; socorrei-me poderosa e imaculada, dos homens feios, para que eu siga nas estradas até ao lugar que destino; socorrei-me, Deusa; não me abandone, Deusa porque oro pelo amor de Deus.” ciganos da Hungria(Cit. Borrow, Geoge, pág. 20.)
fortune teller 1891 - costume
“Rom nasci, Rom morrerei,
Aonde quer que vás há Rons
Quem tem vergonha da sua língua
Tem vergonha do seu sangue,
Percorreremos a terra
E Rons sempre seremos
Todos os Rons são irmãos” [7].
Hungarian
Poema cigano:
Auzias, Claire. Os Ciganos ou o Destino Selvagem dos Rons do Leste, Lisboa Portugal: ed. Antigona, 2001.
Auzias, Claire. Os Ciganos ou o Destino Selvagem dos Rons do Leste, Lisboa Portugal: ed. Antigona, 2001.
Texto enviado pela amiga Sonjha - obrigada pelo carinho.
****
O vídeo abaixo é da Anistia internacional e as imagens são fortes.
http://www.amnesty.fr/AI-en-action/Discriminations/Discriminations/Actions/Le-maire-de-Cluj-Napoca-doit-reloger-dignement-les-familles-roms-expulsees-5073
Los Rroma de Baia Mare viven en condiciones extremas de insalubridad. Esta población se hizo tristemente famosa hace una año por la construcción de un muro para separar los Rroma de los no-gitanos. © Mugur Vărzariu.
ODE AOS POETAS CIGANOS
Ode aos poetas ciganos
com suas palavras Transcrição de rima
para a urze eo campo de milho
da cevada e da videira
Ode aos lares improvisados lá
onde o sol apareceu a cada dia
onde os coelhos e os dedaleiras
cumprimenta cada dia de primavera novo borne
Ode às rotas que viajaram
com as suas caravanas rebeldes
com a luz de Deus para guiá-los
com o destino a tomar a sua mão
Ode à terra que soprou lá
os salgueiros e carvalhos
as músicas que eles cantavam ao amanhecer
a natureza novo casacos
Ode à língua cigana
o folclore e os sonhos que disse
a adivinhação senhoras
a lâmpada permanece feito de ouro
Ode ao trabalho que é oferecido
do recinto de feiras ea poeira
as dores da alma sofreu muitos
o romance, a concupiscência
Ode aos seus encargos cansados
suas habilidades que foram reconhecidos em
as areias do tempo irá consolá-los
em Deus sabemos que eles confiam
Ode as suas instituições
sua sabedoria e suas alegrias
as crianças cheias de riso
os sonhos de menina e menino.
COZINHA DOS VURDÓNS
Um convite a utopia.
Sastipê! Eis uma poesia de minha autoria para combater o ódio que existe entre os seres humanos ainda cegos e sem amor...Beijos Perfumados! Ando Sara! Devlesa!
DESEJOS
Ser como como o Vento
é meu desejo...
Nuvens e mares encrespar,
cruzar o firmamento,
na louca inquietação
de ser poeta
e nada ser...
Guirlandas de pétalas tecer
nas campinas estendidas, pôr dentro das conchas
o ruido do mar...
Perfumar de rosas
todos os caminhos.
E passar!
Ó Brisa Zíngara, de asas transparentes
irriquieta e suave
a sussurrar cantigas...
Deixa-me ser tua irmã!
Deixa-me reter tua essência perfumada
e o mistério das noites de verão,
no fundo dos meus olhos deslumbrados!
Quero ser vento,
perpétuo movimento,
murmúrios, ecos nos vales...
Mistério, nuvem que passa,
contínua e eterna mutação!
Cezarina Macedo.
Como não podia deixar de ser, não recuso um convite feito pelas minhas belas Princesas Cozinheiras.
"Combater O Crime do Ódio com Poesia".
Não sei muito bem se é isto que elas querem, mas cá vai a minha poesia. Não quero falar da parte má, da parte que a maioria de nós quer ver, pois há tanto de bom, que se deixarmos a nossa porta aberta, entram de uma maneira que nunca pensámos que fosse possível. E descobrimos coisas lindíssimas.
Cá vai.
Espera! Outra explicação. A poesia tem o cunho da Orquídea, por isso não irá sair coisa boa, eheh.
Vamos lá então!
Era noite e adormeci
Na lua e nas Estrelas ficou o pensamento
Deixei a minha alma voar
Senti próximo um nascimento
A um acampamento fui ter
Senti que já lá tinha estado
Ninguém deu pela minha presença
Ninguém me terá notado?
Uma fogueira no meio
Em volta um Vurdón, lindo!
É aconchegante este espaço
Tudo me estava atraindo
Com cores garridas nos fatos
Mulheres dançavam, sorriam
Tachos. Frutas, legumes
Alimentos que floriam
Crianças corriam
Numa alegria contagiante
Dá vontade ser criança, de novo
Viver esta vida saltitante
Homens tocando instrumentos
Som de música inebriante
Uma presença chama a minha atenção
Uma Estrela, cintilante.
O seu olhar é penetrante
O único que me consegue ver
Conheço este olhar
Uma calma, paz, invade o meu ser
Os seus passo vêm ao encontro dos meus
Deixa o meu corpo preso ao chão
Os seus olhos observam-me por dentro
Sinto o começo de algo, sinto um turbilhão
Passa por mim, rodeando o meu corpo
Ficando imóvel atrás de mim
Os seus braços envolvem o meu ser
No ar um odor a jasmim
Os seus lábios tocam o meu pescoço
Não consigo um só passo dar
Extansiando um perfume o meu ser
Fecho os olhos, não quero acordar!
Um violino toca ao longe
Não sei quanto tempo assim fiquei
Ainda sinto o seu cheiro
Abri os olhos, não o encontrei
Uma criança chega perto
Convida-me para comer
Faço parte das suas vidas
Só demorei a perceber
Serei esta, o EU verdadeiro?
Ou aquela que anda adormecida?
Ter mil vidas numa só
Ou só uma, eternamente vivida?
Quantas vezes fugimos do diferente?
Quantas vezes fugimos do inexplicável?
Com as Princesas Cozinheiras, muito tenho aprendido
Uma Cozinha bastante saudável.
Do blog Orquídea
****
O retrato poético de um grande fotógrafo - uma acervo para a memória.
http://www.robert-doisneau.com/fr/portfolio/gitans.htm
Sastipê! Eis uma poesia de minha autoria para combater o ódio que existe entre os seres humanos ainda cegos e sem amor...Beijos Perfumados! Ando Sara! Devlesa!
DESEJOS
Ser como como o Vento
é meu desejo...
Nuvens e mares encrespar,
cruzar o firmamento,
na louca inquietação
de ser poeta
e nada ser...
Guirlandas de pétalas tecer
nas campinas estendidas, pôr dentro das conchas
o ruido do mar...
Perfumar de rosas
todos os caminhos.
E passar!
Ó Brisa Zíngara, de asas transparentes
irriquieta e suave
a sussurrar cantigas...
Deixa-me ser tua irmã!
Deixa-me reter tua essência perfumada
e o mistério das noites de verão,
no fundo dos meus olhos deslumbrados!
Quero ser vento,
perpétuo movimento,
murmúrios, ecos nos vales...
Mistério, nuvem que passa,
contínua e eterna mutação!
Cezarina Macedo.
Como não podia deixar de ser, não recuso um convite feito pelas minhas belas Princesas Cozinheiras.
"Combater O Crime do Ódio com Poesia".
Não sei muito bem se é isto que elas querem, mas cá vai a minha poesia. Não quero falar da parte má, da parte que a maioria de nós quer ver, pois há tanto de bom, que se deixarmos a nossa porta aberta, entram de uma maneira que nunca pensámos que fosse possível. E descobrimos coisas lindíssimas.
Cá vai.
Espera! Outra explicação. A poesia tem o cunho da Orquídea, por isso não irá sair coisa boa, eheh.
Vamos lá então!
Era noite e adormeci
Na lua e nas Estrelas ficou o pensamento
Deixei a minha alma voar
Senti próximo um nascimento
A um acampamento fui ter
Senti que já lá tinha estado
Ninguém deu pela minha presença
Ninguém me terá notado?
Uma fogueira no meio
Em volta um Vurdón, lindo!
É aconchegante este espaço
Tudo me estava atraindo
Com cores garridas nos fatos
Mulheres dançavam, sorriam
Tachos. Frutas, legumes
Alimentos que floriam
Crianças corriam
Numa alegria contagiante
Dá vontade ser criança, de novo
Viver esta vida saltitante
Homens tocando instrumentos
Som de música inebriante
Uma presença chama a minha atenção
Uma Estrela, cintilante.
O seu olhar é penetrante
O único que me consegue ver
Conheço este olhar
Uma calma, paz, invade o meu ser
Os seus passo vêm ao encontro dos meus
Deixa o meu corpo preso ao chão
Os seus olhos observam-me por dentro
Sinto o começo de algo, sinto um turbilhão
Passa por mim, rodeando o meu corpo
Ficando imóvel atrás de mim
Os seus braços envolvem o meu ser
No ar um odor a jasmim
Os seus lábios tocam o meu pescoço
Não consigo um só passo dar
Extansiando um perfume o meu ser
Fecho os olhos, não quero acordar!
Um violino toca ao longe
Não sei quanto tempo assim fiquei
Ainda sinto o seu cheiro
Abri os olhos, não o encontrei
Uma criança chega perto
Convida-me para comer
Faço parte das suas vidas
Só demorei a perceber
Serei esta, o EU verdadeiro?
Ou aquela que anda adormecida?
Ter mil vidas numa só
Ou só uma, eternamente vivida?
Quantas vezes fugimos do diferente?
Quantas vezes fugimos do inexplicável?
Com as Princesas Cozinheiras, muito tenho aprendido
Uma Cozinha bastante saudável.
Do blog Orquídea
A tua mão e uma estrela
Pôr do sol
do Alentejo
Passa a caravana
Na velha
estrada
As cores e a
poeira sobem no ar.
Os pássaros
seguem os passos
E o grão,
bago de arroz, feijão
Caídos do vurdón.
O canto fica
no ar
Os
saltimbancos ficam
Nos olhos a sonhar
Da menina à
janela.
O caminho do
nómada é incerto
O céu azul
aquece
O sol
escalda
A noite cai.
O céu escuro
entristece
A estrela
desce
Fria.
A vida corre
A estrada é
longa
O fim,
seguro, desconhecido.
Tu és tu, eu
sou eu
Mas as
nossas mãos podem tocar-se
Numa estrela.
O céu negro
cintila
Todas as
estrelas te seguem
E aquecem a
tua estrada.
Nota:
Nunca escrevi poesia na vida.
Mas tinha que responder ao pedido das minhas amigas da Cozinha
dos Vurdóns, a quem dedico este “poema-pensamento” e desejo que a compreensão una os
seres humanos, todos da mesma raiz, nascido nus...
assinado: O Falcão de Jade
Poema-Cigano
Nós, ciganos, temos uma só religião: a da liberdade
Em troca desta renunciamos à riqueza, ao poder, à ciência e à glória
Vivemos cada dia como se fosse o último
Quando se morre, deixa-se tudo: um miserável carroção como um grande império
E nós cremos que nesse momento é muito melhor ser cigano do que rei.
Nós não pensamos na morte. Não a tememos – eis tudo.
O nosso segredo está no gozar em cada dia as pequenas coisas que a vida nos oferece
e que os outros homens não sabem apreciar; uma manhã de sol, um banho na torrente, o contemplar de alguém que se ama
É difícil compreender estas coisas, eu sei
Nasce-se cigano.
Agrada-nos caminhar sob as estrelas.
Contam-se estranhas histórias sobre ciganos
Diz-se que lemos nas estrelas e que possuímos o filtro do amor
As pessoas não acreditam nas coisas que não sabem explicar-se
Nós, pelo contrário, não procuramos explicar as coisas em que acreditamos.
A nossa vida é uma vida simples, primitiva: basta-nos ter por tecto o céu, um fogo para nos aquecer e as nossas canções quando estamos tristes.
Vittorio Pasqualle Spatzo (poeta cigano)
Nós, ciganos, temos uma só religião: a da liberdade
Em troca desta renunciamos à riqueza, ao poder, à ciência e à glória
Vivemos cada dia como se fosse o último
Quando se morre, deixa-se tudo: um miserável carroção como um grande império
E nós cremos que nesse momento é muito melhor ser cigano do que rei.
Nós não pensamos na morte. Não a tememos – eis tudo.
O nosso segredo está no gozar em cada dia as pequenas coisas que a vida nos oferece
e que os outros homens não sabem apreciar; uma manhã de sol, um banho na torrente, o contemplar de alguém que se ama
É difícil compreender estas coisas, eu sei
Nasce-se cigano.
Agrada-nos caminhar sob as estrelas.
Contam-se estranhas histórias sobre ciganos
Diz-se que lemos nas estrelas e que possuímos o filtro do amor
As pessoas não acreditam nas coisas que não sabem explicar-se
Nós, pelo contrário, não procuramos explicar as coisas em que acreditamos.
A nossa vida é uma vida simples, primitiva: basta-nos ter por tecto o céu, um fogo para nos aquecer e as nossas canções quando estamos tristes.
Vittorio Pasqualle Spatzo (poeta cigano)
Enviado pela nossa Maria de Cadiz.
Ser humano
Dois olhos
Dois ouvidos
Uma boca
Pele
Coração
Dois braços
Duas pernas
Sentimentos
Dores
Alegrias
Ama
Respira
Contempla
Pensa
Sofre
Ri
Chora
Nasceu
Morrerá
Alguém sabe quem é?
enviado por Isabel (Palavras daqui e dalí - as palavras que dizem muito)
O soneto contém a minha viagem fugaz em torno dos ciganos de Coimbra que me alegraram a alma por me receberem bem.
O soneto contém a minha viagem fugaz em torno dos ciganos de Coimbra que me alegraram a alma por me receberem bem.
SONETO DA MULHER CIGANA
Sob as estrelas
tecem-se conversas
ao mesmo tempo que se fazem as tranças.
Mãe cigana não sabe para onde se virar,
vê partir as filhas
com o coração desfeito.
O casamento foi combinado,
… de amor só se falará depois, não faltará.
A mulher sabe que a doçura
cria a criança que traz no colo.
As letras ficam adiadas, a tradição conta
que cada mulher sabe o lugar que ocupará
e a lágrima caída retrai-se
pois será a rainha da
noite estrelada.
Aqui vai:
Quem me dera ser cigana
E tratar o tempo por tu
Ter o céu como tecto
E as estrelas como luz.
Ser LIVRE todos os dias
Não sonhar com o amanhã.
Ter os amigos por perto
E, finalmente ser feliz!
Cláudia - da nossa livraria Lumierè.
Maro Dad
(pai nosso)
Quem me dera ser cigana
E tratar o tempo por tu
Ter o céu como tecto
E as estrelas como luz.
Ser LIVRE todos os dias
Não sonhar com o amanhã.
Ter os amigos por perto
E, finalmente ser feliz!
Cláudia - da nossa livraria Lumierè.
Maro Dad
(pai nosso)
MARO
DAD, KOHN ANDRO BOLLEOASTI, TE VEL I PATUV TER LAVESTI; TE AVEL TRO BARVELEPEN
KE MEE; TE VEN TER PENNEPENA SSIR ANDRO BOLEPEN, AKKJAKES TE APRI PHÙ, MARO
DIVESSESKRE MAARES DÉ MANDE ADA DIVES; PROSCHKIR AMENDE MAARE GRÈCHEN, SSIR ME
PROSCHKIRVAHA MARE DOSCHVALENDE, MA LIGGER AMEM ANDRE GRECHE; HADDE MEEN ASSARE
MYDSCHECHEPASTER. TRO HI O BARVELEPEN, TE SÒR TE PATUV DSCHIMASTER DSCHIN KO
DSCHYBEN.
ANARANIA.
Esse não é um poema, caras amigas e irmãs, é o pai nosso, que também nos alcança e nos dá força. Pelo simples fato de também sermos filhos de Deus.
Do nosso anjo - Zerafim
com as orquídeas do Falcão
Não tão a ver com isso, mas é porque sempre lembro de vocês quando minha
profa de francês passa músicas - ela gosta de uns músicos
contemporâneos que têm influências de música cigana. Acho tão tão tão
legal! o último que ela passou foi Thomas Dutronc (depois procura uma
música que se chama Demain).
Procuramos e aí está - Do Chefe Daniel (antirestaurante),
a gente achou que tem muiiiiiiiiiiiiiiita coisa a ver sim."Agustin Rivero", La pared de tu convento
A mi hermana Antonia, doblando la esquina, a cuatro pasos, el de "las monjas marroquíes". Dentro, monja de clausura, mi hermana Antonia "la monja gitana". !Poesía pura!
Ni tú ni yo lo sabemos...
¿Cómo estará de por fuera
la pared de tu convento,
hermana Antonia...?
¡Ni tú ni yo lo sabemos!
Tú..., dentro, con Dios del brazo,
rezando siempre en silencio...,
y asomándose a tus ojos,
dos angelillos traviesos.
Yo..., como decía madre,
"Mi Agustín, siempre está lejos...".
A su corazón de pie,
y a la verdad de su verso,
le estaba chica la calle,
le estaba chico este pueblo...
No quiso escuchar palabra,
ni quiso escuchar consejo.
Con su verso a flor de labios
se fue soñando despierto...
Niña debía haber sido...
¡Como las cinco que tengo!
Dios y ella me perdonen,
que no volvería yo a hacerlo;
que lo mejor de mis versos...
éramos todos nosotros
¡y, nuestra madre, en el centro!.
¿Cómo estará de por fuera
la pared de tu convento,
hermana Antonia...?
¡Ni tú ni yo lo sabemos!
Tú..., dentro, con Dios del brazo,
rezando siempre en silencio...,
y asomándose a tus ojos,
dos angelillos traviesos.
Yo..., como decía madre,
"Mi Agustín, siempre está lejos...".
A su corazón de pie,
y a la verdad de su verso,
le estaba chica la calle,
le estaba chico este pueblo...
No quiso escuchar palabra,
ni quiso escuchar consejo.
Con su verso a flor de labios
se fue soñando despierto...
Niña debía haber sido...
¡Como las cinco que tengo!
Dios y ella me perdonen,
que no volvería yo a hacerlo;
que lo mejor de mis versos...
éramos todos nosotros
¡y, nuestra madre, en el centro!.
¿Cómo estará de por fuera
la pared de tu convento,
hermana Antonia?
¡Ni tú ni yo lo sabemos!
¿Habrán escrito los niños
arañando sobre el yeso...?
¿Cómo le habrán hecho daño
las lluvias malas y el viento...?
¿Te acuerdas...?, hermana Antonia,
de aquella espuerta de yeso...,
de aquel cubo de cal blanca
y a nuestra madre, riendo...,
curando y curando heridas
de la pared del convento?
La puso blanca de fiesta...
Y Dios, ¡Que la estaba viendo!,
le mandó una nube blanca
para tapar los remiendos...
Madre se quedó contenta...
rezando su Padrenuestro.
¿Cómo estará esa pared?
¡Ni tú ni yo lo sabemos!
Tú..., dentro, con Dios del brazo.
Yo..., siempre lejos..., muy lejos.
Golpeándome la frente
este montón de recuerdos...
que, poco a poco, me matan...
y, de pie...,¡Me tienen muerto!.
la pared de tu convento,
hermana Antonia?
¡Ni tú ni yo lo sabemos!
¿Habrán escrito los niños
arañando sobre el yeso...?
¿Cómo le habrán hecho daño
las lluvias malas y el viento...?
¿Te acuerdas...?, hermana Antonia,
de aquella espuerta de yeso...,
de aquel cubo de cal blanca
y a nuestra madre, riendo...,
curando y curando heridas
de la pared del convento?
La puso blanca de fiesta...
Y Dios, ¡Que la estaba viendo!,
le mandó una nube blanca
para tapar los remiendos...
Madre se quedó contenta...
rezando su Padrenuestro.
¿Cómo estará esa pared?
¡Ni tú ni yo lo sabemos!
Tú..., dentro, con Dios del brazo.
Yo..., siempre lejos..., muy lejos.
Golpeándome la frente
este montón de recuerdos...
que, poco a poco, me matan...
y, de pie...,¡Me tienen muerto!.
Agustín Rivero
Gracias Zerafim - besos de nosotras
Gracias Zerafim - besos de nosotras
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O retrato poético de um grande fotógrafo - uma acervo para a memória.
http://www.robert-doisneau.com/fr/portfolio/gitans.htm
Maline, gitane de Montreuil
1950
A poesia do cotidiano, de quem trabalha, a poesia da realidade da Rromá. A poesia fotográfica.
A Poesia carinhosa que a R. nos mandou,
veio junto com um abraço bem apertado.
É lindo.
ResponderExcluirBom fim-de-semana para todas
Beijinhos amigos
Que bom ue gostou, vamos ver se conseguimos um bom número de poesias, daquelas que diga não a estpidez do ódio e da violência.
Excluirbjs nossos e bom fim de semana pra você Isabel,
Sastipê! Gostei da vossa iniciativa,porque a poesia faz parte do tecido diáfano da Alma,do tecido dos sonhos!E também porque a Beleza,a Bondade e a Verdade caminham juntas,segundo os filósofos da Grécia antiga.Poderiam,por favor,me dizer em que língua foi escrita esta poesia? Me pareceu que seja o inglês...Qual o autor,etc. Gostaria de lê-la na versão original,pois me revelaria melhor seus significados,porque a tradução sempre interfere na intenção expressiva do autor dos versos.Gestena desde já!Ando Sara!Beijos revestidos de poesia!
ResponderExcluirQuerida, clic na foto e ela te levará lá, é da Ucránia, mas traduzi do inglês rsrsrsrs.
ExcluirMande a sua poesia, para colocarmos junto com a nossa, essa é a idéia.
bjs muitos.
A Utopia passa pela Poesia também!
ExcluirComo diz Cezarina: "a poesia faz parte do tecido diáfano da Alma,do tecido dos sonhos!"
Beijinhos! Nunca me esqueço de vocês!
Nem nós de tí, querida amiga.
ExcluirPela utopia, Falcão semeador.
bjs
A pena sempre será mais forte que a espada! A pena que homenageia a humanidade é-o muito mais.
ResponderExcluirBeijinhos e boa semana para todas.
É nisso que acreditamos e por isso lutamos.
Excluirbjs nossos
Magnífico poema!
ResponderExcluirQuanta verdade e uma excelente maneira de combater o mal...
Beijinhos
Nais tukê querida,
Excluirgostei muito do poema também e acredito que conseguiremos lutar por algo mais pacífico em relação a violência contra os rromá, a situação tem piorado muito.
bjs nossos
a pena contra o ódio! Adoro essa filosofia!!
ResponderExcluirNão tão a ver com isso, mas é porque sempre lembro de vocês quando minha profa de francês passa músicas - ela gosta de uns músicos contemporâneos que têm influências de música cigana. Acho tão tão tão legal! o último que ela passou foi Thomas Dutronc (depois procura uma música que se chama Demain).
beijos!
E precisamos acreditar que ela vencerá Daniel.
ResponderExcluirVou procurar e te digo, ando com tanto nome na cabeça que nem imagina.
bjs nossos
Ode à vida
ResponderExcluirsem muros nem ameias
Me atrevo a pedir uma rima sua. Sem muros nem ameias.
Excluirbjs
E a poesia é para escrever onde?
ResponderExcluir7 beijos brilhantes
Manda pro e-mail ou posta aqui que eu coloco.
Excluirbjs, vou amar.
carinhos de todas nós
Sastipê! Eis uma poesia de minha autoria para combater o ódio que existe entre os seres humanos ainda cegos e sem amor...Beijos Perfumados! Ando Sara! Devlesa!
ResponderExcluirDESEJOS
Ser como como o Vento
é meu desejo...
Nuvens e mares encrespar,
cruzar o firmamento,
na louca inquietação
de ser poeta
e nada ser...
Guirlandas de pétalas tecer
nas campinas estendidas, pôr dentro das conchas
o ruido do mar...
Perfumar de rosas
todos os caminhos.
E passar!
Ó Brisa Zíngara, de asas transparentes
irriquieta e suave
a sussurrar cantigas...
Deixa-me ser tua irmã!
Deixa-me reter tua essência perfumada
e o mistério das noites de verão,
no fundo dos meus olhos deslumbrados!
Quero ser vento,
perpétuo movimento,
murmúrios, ecos nos vales...
Mistério, nuvem que passa,
contínua e eterna mutação!
Cezarina Macedo.
ando Sara...bjs querida e nais tukê, é linda.
ExcluirUma Ode a um povo que merece um lugar ao sol sem nuvens nem a chuva da discriminação. Tudo bonito.
ResponderExcluirBeijinhos e saudades para as nove! :)x9
Merece sim querida e vamos tentar ajudar o quanto pudermos.
Excluirbjs muitos e saudades
Belas Princesas, o poema está no meu blogue.
ResponderExcluirEspero que gostem.
Nais tukê
7 beijos brilhantes
Pois agora está aqui.
Excluirbjs de todas nós, para a orquidea mais bela.
E o que eu gostei de o ver por aqui..
ExcluirBeijos brilhantes
outros tantos pra você... bjs Carlota
ExcluirSastipê,queridas!Agradeço a postagem! Continuemos a caminho.Ando Sara!Beijos brilhantes e perfumados!
ResponderExcluirVocê é muito querida, não imagina o quanto.
Excluirbjs nossos
Poema-Cigano
ResponderExcluirNós, ciganos, temos uma só religião: a da liberdade
Em troca desta renunciamos à riqueza, ao poder, à ciência e à glória
Vivemos cada dia como se fosse o último
Quando se morre, deixa-se tudo: um miserável carroção como um grande império
E nós cremos que nesse momento é muito melhor ser cigano do que rei.
Nós não pensamos na morte. Não a tememos – eis tudo.
O nosso segredo está no gozar em cada dia as pequenas coisas que a vida nos oferece
e que os outros homens não sabem apreciar; uma manhã de sol, um banho na torrente, o contemplar de alguém que se ama
É difícil compreender estas coisas, eu sei
Nasce-se cigano.
Agrada-nos caminhar sob as estrelas.
Contam-se estranhas histórias sobre ciganos
Diz-se que lemos nas estrelas e que possuímos o filtro do amor
As pessoas não acreditam nas coisas que não sabem explicar-se
Nós, pelo contrário, não procuramos explicar as coisas em que acreditamos.
A nossa vida é uma vida simples, primitiva: basta-nos ter por tecto o céu, um fogo para nos aquecer e as nossas canções quando estamos tristes.
Vittorio Pasqualle Spatzo (poeta cigano)
ESpero que gostem, muitos beijinhos
Maria, a nossa Maria de Cadiz - Não, não gostamos, amamos e ainda mais porque veio de você ... bjs muitos querida.
ExcluirNão tinha percebido que era para mandar um poema. Percebi depois do comentário que me deixaram, e agora vim aqui e vi com surpresa tantos textos tão bonitos.
ResponderExcluirIa deixando escapar...
Não sei se consigo fazer alguma coisa à altura, mas se não for capaz procuro um. E depois mesmo que já venha atrasada, mando.
O filme impressionou-me.Como é que se pode ter tanto ódio? Com é que as pessoas são criadas para chegarem a isto? Como conseguem rir? Não consigo compreender...
Beijinhos amigos
Isabel,
ExcluirCarinhos como os teus jamais chegam atrasados, sempre é hora de lutar, ver e começar a entender que esse mecanismo existe e que está no meio de nós, mesmo que com flores, temos que acreditar nas primaveras que combatem as querras ... sempre.
bjs nossos
Fiquei orgulhosa de participar neste "momento" de participação contra o ódio, com um poema na mão...
ExcluirDescobri tantos talentos!
Começando pela Ode aos poetas ciganos
"Com suas palavras transcrição de rima
para a urze eo campo de milho
da cevada e da videira."
O poema de Vittorio Pasqualle Spatzo, poeta cigano (mandado pela Maria)...
Linda a poesia da Isabel, tão simples e séria, tão essencial: um homem.
"Sentimentos
Dores
Alegrias
Ama
Respira
Contempla
Pensa
Sofre
Ri
Chora"
E os versos da Carlota (essa, uma grande poetiza!)sempre igual a ela, no entusiasmo, no romantismo e boa disposição:
"Uma fogueira no meio
Em volta um Vurdón, lindo!
É aconchegante este espaço
Tudo me estava atraindo
Com cores garridas nos fatos
Mulheres dançavam, sorriam
Tachos. Frutas, legumes
Alimentos que floriam"
Ou os versos de Cezarina:
"Brisa Zíngara, de asas transparentes
irriquieta e suave
a sussurrar cantigas..."
Fico contente de me ver no meio de tantas flores!
7 Beijos
Querida MJ,
ExcluirE o que fazer com você??? a não ser desejar que esse lindo falcão, abra suas asas e voe sempre mais e mais preciso na beleza da alma e na leveza que já lhe são tão próprios.
amo você amiga.
bjs de todas nós
O meu Belo Falcão Lunar, que grande escrita a tua. Gostei muito de te ler.
ExcluirBeijinhos do nosso Alentejo
Amigas,
ResponderExcluirAqui deixo um soneto feito num intervalo do trabalho. Por andar muito concentrada a imaginação fica atrofiada.:(
SONETO DA MULHER CIGANA
Sob as estrelas
tecem-se conversas
ao mesmo tempo que se fazem as tranças.
Mãe cigana não sabe para onde se virar,
vê partir as filhas
com o coração desfeito.
O casamento foi combinado,
…de amor só se falará depois, não faltará.
A mulher sabe que a doçura
cria a criança que traz no colo.
As letras ficam adiadas,
a tradição conta que cada mulher sabe o lugar
que ocupará e a lágrima caída retrai-se
pois será a rainha da noite estrelada.
Com os meus nove beijinhos e que a vossa luta perdure e seja frutuosa. :)
Ana querida,
ExcluirNais tukê por tudo o quez, pois sua coragem e disposição abriram portas entre dois países e fizeram com irmão se encontrassem.
9 mil bjs grandes.
Queridas amigas,
ResponderExcluirObrigada, a imagem que escolheram é linda!
Beijinhos mil. :)
Linda é você Ana.
Excluirbjs de todas nós
Amigas,
ResponderExcluirProcurei, procurei, mas veia poética não encontrei. Mas tratando-se de um pedido vosso, lá me esforcei. (Ha, ha, ha!!)
Aqui vai:
Quem me dera ser cigana
E tratar o tempo por tu
Ter o céu como tecto
E as estrelas como luz.
Ser LIVRE todos os dias
Não sonhar com o amanhã.
Ter os amigos por perto
E, finalmente ser feliz!
Beijinhos poéticos
Cláudia,
ExcluirNossa livraria, porque sabemos que por lá encontramos, versos, gente, poesia e verdade. Carinhosamente,
bjs nossos
Tantas poesias por amizade! Gostei imenso das quadras populares da nossa CLáudia e do "clássico" soneto da Ana!
ExcluirVocês é que merecem!Se não, não tinham tantas amigas...
beiinhos a todas!!!!!!!!!
E umas flores...
http://olhardofalcao.blogspot.pt/2012/05/sem-titulo.html
Já as roubei. O mérido de quem acode a um pedido é a grandeza de poder ver a necessidade.
Excluirbjs nossa linda amiga Falcão
:)
ResponderExcluirque bom que gostaram da música
e que bom que tem tanta gente comentando aqui
:)
beijos e ótimo fds!
Daniel,
ExcluirQue bom que tem pessoas como você. Obrigada pela descoberta.
bjs nossos
Que bonito o poema de Augustín Rivera! Obrigada por porem as minhas flores...
ResponderExcluirSempre atenta por aqui...7 beijinhos
Querida, também gostamos muito, nenhuma de nós conhecia esse presente da zerafim. As orquideas são lindas, não resisti, roubei e coloquei por aqui.
Excluirbjs nossos
Também não sei escrever poesia, mas junto o meu apelo ao vosso e deixo um retrato poético de um grande fotógrafo que não excluiu os ciganos do seu testemunho.
ResponderExcluirhttp://www.robert-doisneau.com/fr/portfolio/gitans.htm
Um abraço apertado.
Linda R, quem disse que não se escreve poesia através de carinho. Obrigada pela lembrança e muitos abraços apertados.
Excluirbjs nossos
Lindas fotografias, R! Que mundo! E tantos amigos...
ResponderExcluireu tô adorando te ver por aqui...bjs meus
ExcluirEu é que agradeço, queridas amigas, e fico feliz por valorizarem este pequeno gesto.
ResponderExcluirUm abraço reforçado que a todas inclui (sem esquecer a MJ Falcão).
Essa senhora - MJ Falcão, já é membro confesso dessa cozinha, entretanto os pequenos gestos de carinho, como o seu R, faz com que nossa mesa aumente e a festa continue.
Excluirbjs nossos e sempre seja bem vinda.
Venho só deixar um beijinho.
ResponderExcluirTenho vindo aqui espreitar cada coisa nova que vai chegando.
Tudo lindo.
Beijinhos amigos
Que bom querida amiga, e como tem chegado coisa nova ... adorei ver você aqui. bjs nossos
ExcluirBem, venho dizer que achei muito bonita a poesia dessa "ciganita" Mamé...
ResponderExcluirBeijinhos