A REALIDADE DA POESIA E DA PINTURA DE DAVID BEERI

Da poesia e do carinho, deixamos um "nais tukê" a cada um. Um muito obrigado. Mas trazemos a realidade de um pintor rom, que conseguiu em traços definidos e realistas, deixar um pouco da vida na grande  Rromá. Um pedaço da realidade que cada um de vocês ajudou a combater. Somos poucos, nós sabemos disso, mas é assim mesmo que transformamos o mundo, quando começamos por nós, pequenos mortais.



Mas antes das fotos, deixo uma das muitas realidades da cozinha dos rromá hoje, essa se passa am algum lugar da Roménia e recebemos por e-mail de um amigo. A situação não é diferente na Lituânia e nem em muitos paises pelo mundo afora. 

Camp Gipsy
Bergen Belsen


Do glamour de muitos esteotípos a realidade nada romantica do cotidiano. Opré Romalé, levantem-se ciganos, isso é mais do que sangue e alma, essa é a realidade da maior minoria etnica do mundo. Afora achaques e chiliques, essa é a realidade pela qual lutamos e tentamos combater. Para que as futuras gerações tenham condições de optar pela vida sem o selo da discriminação e para que todos nós, rromani ou não, sejamos mais marionetes, quando formulamos nossos conceitos ou quando lutamos pela política pública acertada e coerente.

                                                  David Beeri: Cigány madonna / Gypsy
     

Nascido Károly Pongor Beri, ele é um artista Rom, artisticamente ele é David Beeri e nasceu em 1951 na Hungria.
A partir de 1982, ele está trabalhando como um artista profissional.

 
                                   David Beeri: Válaszúton / On the horns of a dilemma
 

Sua primeira grande exposição  foi em 1979 em Budapeste, seguida por exposições na Alemanha, França, Holanda, Romênia, Estados Unidos, Japão, Itália, China, Bélgica e outros.
Na segunda maior cidade da Hungria, Debrecen tem uma galeria, dedicada apenas ao seu trabalho. Suas pinturas e gráficos juntos em vários álbuns.
Seus quadros colocados em museus e instalações do governo e também em coleções particulares em todo o mundo. Mais de 60 exposições individuais e em conjunto com muitos outros artistas, ele tem compartilhado sua obra. 

 
                                     David Beeri: Cigány madonna / Gypsy  Madonna

Cozinha dos Vurdóns
Hoje deixamos a receita por conta de vocês.

Comentários

  1. A realidade é assustadora, mas é a realidade. E, não lhe podemos virar as costas, bem pelo contrário. Temos que dar a cara e lutar para que aos poucos as coisas mudem. Somos poucos, é certo, mas somos verdadeiros.
    Os quadros são muito interessantes e têm um estilo muito próprio.

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    1. É querida Cláudia, as coisas tem sido complicadas, a diferença de informação, a situação real e falta de compromisso é grande. Dentro e fora da própria comunidade vemos isso. Enfim, vale o trabalho e a esperança.

      bjs e sempre obrigada.

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  2. Gostei da pintura.
    A palavra que me ocorre ao olhar as telas é "força".
    A terceira é a que mais gosto.

    Beijinhos para todas

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    1. Também gostei Isabel, não conhecia muita coisa dele e me surpreendí, existem outras telas bem legais.

      bjs nossos

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  3. Sastipê! Ninguém foge da realidade.Por trás dos esteriótipos mentirosos que escondem a miséria e a triste situação do Povo Rhom, nos países em que vivem,escancara-se a cruel face da realidade da sua condição de párias de uma sociedade preconceituosa e injusta!
    Belos quadros!A verdade exposta nua e crua aos olhos de toda humanidade:dor,fragilidade,amor e sacrifício,miséria e desesperança.O martírio de todo um povo que vem desde longe,na história.Que Sara nos abençôe a todos e nos faça capazes e fortes para
    continuar lutando pelos ideais ciganos! Devlesa!

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    1. Aqui não é diferente querida, entretanto a mudança também deve ser feita de dentro pra fora. Vamos lá. Lutando e esperando que a esperança não nos abandone, nem a coerencia nos deixe.

      bjs nossos

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  4. Penso como a Isabel, os quadros de David Beeri transmitem muita força. As fotos recordam-nos uma vez mais os deserdados da fortuna, ciganos e não ciganos a quem a vida dá tão pouco, por culps desta sociedade doente e mesquinha.
    Bjs.

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    1. Assim também pensamos Isabel, a doença do preconceito, mesquinha e pequena. As telas foi uma feliz descoberta.

      bjs nossos

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  5. Não conhecia o pintor nem a sua obra. Gostei muito, pois tem uma realidade profunda nas expressões que surgem na tela. A realidade que faz parte do dia a dia de muitos ciganos.
    "Somos" poucos o que lutamos pela diferença, mas também tem que haver uma maior abertura da "vossa" parte, pelo menos pela parte das mulheres. Desconfiam quando nos dirigimos a elas e tentam afastar-nos logo após a 1ª frase. (situação que se passou comigo e há menos de um mês).
    Quanto ao meu amigo sr. Orlando, e à sua senhora, são fantásticos, ehehe.
    Se não conseguimos de um lado, vamos pelo outro, eheh.
    Nais tukê por estarem aí, por brilharem intensamente.
    7 beijos

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    1. Carlota querida, brigamos por isso, mas compreendemos que as marcas da desconfiança se instala pelo vai e vem das situações, em qualquer situação de repressão maior, as minorias pagam o preço, isso é histórico, não há tempo de reforçar os laços. Tenha paciencia e se lembre que quando temos um machucado que demora a cicatrizar e fechar, sempre protegemos o local. Não é diferente. O sr. Orlando e a sua senhora já aprenderam a sorrir de novo, mas as vezes é muito difícil.

      bjs e muiiiiiiito obrigada - nais tukê pelo carinho e pela atenção.

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  6. como disse a isabel, bem fortes essas pinturas (no bom sentido)

    XD

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    1. São fortes sim Daniel, porque a realidade é assim, sem o esteriótipo as coisas são cinzas para a rromá.

      bjs nossos

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