KIBE DE CASTANHA DO PARÁ/NOZES
Uma das virtudes dos romá é que por onde passavam, aprendiam sempre alguma coisa. Com a comida não foi diferente, esse é um bom exemplo: o kibe assado de castanha de cajú.
Ponha 500grs de farinha de trigo de molho, enquanto isso separe 50grs de castanha ou de nozes picadas e secas, maço de hortelã fresca picadinha, 1 colher de sopa de sal, azeite o quanto baste, 1 cebola ralada, 1 colher de sopa de pasta de alho, 30 azeitonas pretas picadas, 4 ovos inteiros, 6 batatas grandes cozidas e 1 copo de requeijão cremoso.
Exprema o trigo e misture todos os outros ingredientes até ficarem bem integrados a massa. Unte com azeite uma forma, faça os cortes com a faca e regue com azeite novamente, coloque um filme plástico e leve a geladeira por 2 horas.
Depois retire o filme plástico e ponha pra assar. Leva mais ou menos 45' em temperatura alta. Sirva com limão.
***
O historiador traz na mente um
cigano típico (um protótipo), mas que necessita ser desmontado pelas evidências
de grupos ciganos na diversidade de situações em que se encontram. Se for
sensível, compreenderá que, antes de tudo, deve desconstruir o modelo sobre os
genericamente chamados ciganos. Uma história de ciganos deve ser feita de muitas
exceções, impossibilidades, contradições, incongruências, contra-sensos. Essa
perspectiva tem um cigano que extrapola a coerência que a escrita tradicional
do historiador exige; as condições espaciais e temporais individualizam muito
os ciganos; a história dos ciganos é a história de um mosaico étnico. Este
cigano - total abstração - é como a repetição infinita de um modelo ou motivo
que se realiza através de variantes ilimitadas. (
"A grande falha da literatura sobre ciganos, oficial e acadêmica, é a
supergeneralização, observadores têm sido facilmente levados a acreditar que
práticas de grupos particulares são universais, com a concomitante sugestão de
que qualquer grupo que não seguisse as mesmas práticas não seriam 'verdadeiros'
ciganos." (Acton, Th., Gypsy politics and social change, London
and Boston, Routledge & Kegan Paul, 1974. p. 3).).
Cozinha dos Vurdóns
Uma receita bem apelativa.
ResponderExcluirAcerca da visão do historiador, ela, por norma, reflecte o olhar do grupo dominante. A história que os homens escrevem é sempre parcial, pelo que movimentos como o vosso, que deveria ser de todos, fazem todo o sentido.
Beijos :)
Pensar junto é tão mais em paz, tão mais suave, constrói um mundo possível.. Respeitar as diferenças parece algo de outro mundo. As vezes nos sentimos tão fora dessa estrada, parece que somos aquela plantinha que nasce no meio do asfalto, desafiando os carros.
Excluirbjs e obrigada pelo carinho.
Aqui estou eu, onde venho sempre com muito
ResponderExcluirprazer (nem sempre deixo comentário) para
me deliciar com as maravilhosas receitas.
Um grande beijinho
Irene Alves
Bom te ver por aqui. Pode vir sempre, alardando ou não, é sempre querida e sempre vem vinda.
Excluirbeijos de todas nós.
Belas Princesas, como sempre as vossas receitas deixam-me com vontade de cozinhar, mas fico só pela vontade, pois tenho o cozinheiro em casa que não me deixa nem chegar perto do fogão, e eu agradeço, eheheheh
ResponderExcluirPartilho a opinião do AC em relação à visão do historiador.
O sol brilha e vai aquecendo esta alma que tem andado tão em baixo, tão ténue nesta passagem pela vida...
7 beijos brilhantes minhas estrelas
Cozinheiro exclusivo ... tá com tudo amiga, relaxa e curte.
ExcluirHá períodos em que as passagens ficam apertadas, mas passa, sabe disso, por isso não perca o sorriso, o sol se alegra com ele., e nós também.
bjs nossos
Delicia!
ResponderExcluirFrutos secos são sempre bem-vindos.
Cada um é como é, desde que não prejudique ninguém. Isso é aprender a liberdade.
Beijinhos amigos
Sabias palavras querida, tens razão, isso é uma verdade.
Excluirbjs grandes
Voltei e vim ver o que se passa por aqui. Tanta coisa sempre. E a lembrança de tanta injustiça passada.
ResponderExcluirMas são sábias as vossas palavras sempre: "tempos em que as palavras ficam apertadas mas passa..." E nunca se deve perder o sorriso, para "o sol se alegrar com ele e nós também." Pensamento positivo que eu aprovo e apoio sempre (até para ti querida Carlota!)
Um beijão!
Primeiro de tudo, que bom que voltou. Depois que bom que está aqui, iluminada pelo sol da coragem e da esperança.
Excluirbjs meus e nossos
Olá, uma bela combinação, alimento e conhecimento. Uma ótima receita que quero apreciar um dia. Injustiça acontece em todas as etnias, mas devemos sempre devemos nos erguermos cada vez mais forte. As injustiças que sofro não me abalam tanto quanto as que fazem aos meus filhos e irmão. Tenho uma curiosidade, vocês são ciganos?
ResponderExcluirTenha uma semana abençoada e que a paz reine em seus lares.
Essa cozinha aqui é assim mesmo, afinal de contas é sempre na cozinha que os assuntos mais importantes são tratados ... puxe um banco, a casa é sua.
ExcluirCozinha dos Vurdóns é um projeto da AMSK/Brasil - Asociação Internacional Maylê Sara Kalí e visa dar conhecimento e receber questionamentos, para que possamos de forma simples tratar essa questão que sempre aflige os romá, no Brasil e no mundo.
A AMSK/Brasil é constituida de descendentes na sua grande maioria.
um abraço e obrigada pelo carinho...
uma curiosidade, quais as injustiças que sofrem?
bjs nossos
A supergeneralização pode acabar com a história da mesma forma, belíssimo trabalho.
ResponderExcluirJá fiz e já comí, com bastante limão e queijo picado.
um grande beijo
zerafim
Caramba zerafim, is pedir um pedaço e nem deu.
Excluirbjs e volte sempre.
adorei (mas muito mesmo) esta ideia!!
ResponderExcluirsó uma correção (pequena), você escreveu "farinha de trigo" e eu imagino que seja "trigo para quibe" (depois você fala em espremer o trigo e tudo mais e, por isso, acho que seja o trigo para quibe mesmo)
XD
beijos
No fundo é farinha de trigo pra quibe né!! valeu a dica, errei mesmo, passei batido.
ExcluirMas faça, vai amar, com um limãozinho, saindo do forno...é muito bom.
bjs nossos