"SAUDADE É O AMOR QUE FICA"

Legumes com cerdos
Carne de Porco

2 ripas de costelas – cortadas e não desossadas, temperadas com limão, uma pitada de sal e páprica – deixe descansar por 1 hora e use a salmoura no cozimento.

Junte 2 dentes de alho amassados, ½ berinjela em cubos, 1 cebola picadinha, 1 pimentão em tiras (reserve), 1 cenoura grande em tiras (reserve) e refogue com 1 colher de azeite, 1 colher (sopa) de sal.

Quando juntar água, espere que cozinhe, portanto deixe a panela fechada e no fogo médio. Coloque então, 1 colher (sopa) de açúcar mascavo ou moreno. Mexa e acrescente 4 colheres (sopa) de água. 
Coloque agora 2 colheres (sopa) de salsa, a cenoura e o pimentão reservados. Pequenos pedaços de brócolis são sempre bem vindos. 

 Abaixe o fogo, mexa e tampe a panela. Esse é o tempo certo de cortar tiras finas de gengibre – pra nós foi 1 pedaço pequeno. Coloque dentro da panela, ponha 1 colher de sopa (água), feche a panela e desligue. Espere 10 minutos pra servir. Caso queira cozer os legumes em frigideia, faça-o e refogue a carne a parte, depois é só juntar tudo.


A saudade é estranha. Traz sentimentos claros com pedacinhos de vivências que nos angustiam ou acalentam. As vezes nem sabemos de que ou de quem temos saudade.
Certa vez escutei essa frase, dita com muita propriedade por uma das mulheres mais maravilhosas com que tivemos o prazer de conviver:

"SAUDADE É O AMOR QUE FICA"

A PORTA
Não importa se compreende ou não, sinta e observe, nenhum sentimento é sem rumo e sem propósito. Veja a quanto tempo saí das estradas e das caravanas, até hoje sinto o cheiro da terra molhada e dos campos de lavanda, só a poucos anos atrás me recordei que esse cheiro que me acompanha toda a vida havia permanecido em mim. Quase tudo se foi, a língua que pouco uso, a cozinha que já não tenho firmeza nas mãos, meus pés não suportam o peso das danças e giros. 
Rompi com o mundo para viver um grande amor. E vivi, por inteiro, e ainda vivo. Duas coisa nunca se foram: o rosto moreno do meu grande e único amor e o cheiro da lavanda quando cai a chuva. Hoje tenho certeza que quando me for, levo isso comigo. 
Não precisamos compreender tudo, precisamos viver com muita verdade, mesmo que o mundo grite que seja mentira. Viva e seja minha filha, aquilo que mais do que realidade e sangue, é alma, e isso ninguém pode arrancar de você. Nunca deixamos de ser quem somos, isso vem e vai conosco, essa chave permanece conosco, um bronze onde se grava o nome.

A Rainha 
Cozinha dos Vurdóns

Comentários

  1. Perfeito! Sabe aqueles dias em que lemos algo, e é como se fosse escrito pra nós? Assim que me senti lendo seu texto. Obrigada! bjsss

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  2. Sei Andréa, senti isso quando terminei de escrever. Hoje eu precisava lembrar, inclusive foi você que me trouxe a lembrança.

    bjs e obrigada.

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  3. Falais pouco da Rainha, é uma mulher que me intriga e me atrae,como se ela soubesse que eu existo, não sei explicar, mas às vezes sinto-a perto.
    Falando de manduca, tenho uma dúvida, meninas: aqui o pimentão é moído, pode ser doce ou picante. Já vejo que aí é outra coisa.
    Beijinhos

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  4. Lindíssimo o texto.
    Lindíssima a música.
    Bela a frase "Saudade é o amor que fica".

    Hoje o dia vai correr-me bem!
    5 beijos

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  5. Maria, não conheço pimentão moído, conheço páprica doce ou picante, pimentões (vou procurar direito).
    A Rainha é bela Maria, sei que vai gostar dela, ela por sua vez, ama todos vocês e muito, essa é a sua natureza.

    5 bjs, + o da Rainha

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  6. Isabel,

    Nem imaginas a felicidade que nos dá. Que seu dia seje magnífico.

    5 bjs

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  7. Cheira bem e deve saber melhor!
    Abraço

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  8. Uma receita que será saborosa. Tenho que experimentar!

    A história da Rainha é lindíssima.
    Adoro o cheiro a terra molhada (Embora a minha avó "ralhe" comigo, pois diz que não devemos dizer isso) e a lavanda.

    5 beijos para as estrelas brilhantes do meu céu

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  9. Carlota, sua avó deve se lembrar das recordações ruins da terra molhada...

    Ainda tomaremos tchaiô sob as estrelas.

    bjs das 5

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