NACONS - Itália
NACONS, NACOUS OU RECHEIO DE LEGUMES E CARNES PARA SANDUICHES DE VIAGEM
Roda vai e roda vem, essa receita foi ensinada em 1988 por uma senhora muito humilde, Mariahy, na época uma camponesa longe das viagens e travessias, morando numa casa simples aos arredores de Pietromonte/Itália.
NACONS DE BERINGELA
2 Beringelas de média a grande, cortada primeiro em fatias, depois em tiras finas,
1 punhado de orégano (cabe no meio da palma da mão ou da mais ou menos 1 colher de sobremesa),
2 voltas de azeite (4 colheres de sopa),
azeitona preta,
2 dentes de alho amassados,
meia cebola picadinha,
pimentões coloridos em tiras,
1 peperonne pequeno sem semente (pode usar pimenta de cheiro).
Aqueça o azeite com a cebola, o peperonne, o alho na frigideira larga, gire para não agarrar. em seguida jogue as azeitonas e um pouco do caldo de conserva delas, as beringelas, uma pitada de sal e tampe pra abafar. Isso é rápido, então coloque os pimentões e mexa bem. Ponha o orégano. Mexa sempre pra não agarrar, então borrife com água ou vinagre ou vinho. tampe e apague o fogo.
Espere por alguns minutos e pronto, pode colocar dentro do pão e saborear.
MOLHO DE TOMATE - mariahy
30 tomates maduros pra caldo, sem as partes verdes,
uma panela com água que cubra em 5 cinco dedos os tomates,
1 maço de salsinha, (só as folhas)
1 maço de cebolinha, (picadas)
1 xícara de orégano (café),
1 ramo de majerona fresco,
4 colheres de sopa de sal,
1 xícara de mel (café),
celola e alho amassados (tipo: 3 cebolas e 5 dentes de alho),
Enquanto fervia e ela ia mexendo com uma colher de pau, jogava o azeite em fio e controlando o fogo para não queimá-la.
Mexer só no sentido horário e ir apertando os tomates que vão se quebrando e engrossando o caldo.
Hoje com o liquidificador e a panela de pressão, tudo mudou, mais o gosto do caldeirão de ferro é insubstituível.
NACONS DE ABOBRINHA ANÃ
4 abobrinhas pequenas cortadas em cubos com casca e tudo,
1 cebola grande picadinha,
1 punhado de manjericão fresco e mel,
sal,
1 cenoura pequena em tiras finas e curtas,
1 punhado de uva passa,
4 tomates cortados em quadradinhos,
azeite e um ramo de alecrim inteiro.
Deite o azeite no fogo com alho, cebola, as uvas passas, a cenoura e um pouco de sal.
Refogue bem e coloque a abobrinha e o tomate, ponha uma cova de água, (cabe na sua mão) e mexa, em seguida tampe, por 5 minutos.
Acrescente o mel e mais uma cova de água e mexa com o ramo de alecrim até tudo estar com uma camada parecida a caldo grosso. Coloque o manjericão, misture e está pronto o seu sanduiche.
CEBOLAS DOURADAS DA MARIAHY
Uns 2 k. de cebola pequena ou miúda (tipo conserva),
coloque pra ferver em água que cubra as cebolas, com 1 colher de sal (sal) e 3 xícaras (café) de vinagre e vá pingando o mel. O fogo é mediano. Ponha um pouco de azeite balsâmico (+ ou - 1 xícara de café).
Usa-se meio litro de mel e deve se mexer as cebolas com cuidado. Depois de terminado, deixe esfriar e coloque num pote para servir com quase tudo.
São divinas e saborosas, se servidas com pão, lascas de queijo forte ou carnes de porco assadas.
Não sabemos o que foi feito de Mariahy, sabemos que tinha um lenço especial que usava só pra cozinhar e cozinhava cantando e contando estórias, na época estima-se que ela tinha por volta dos seus 75/78 anos, contava um bisneto dela, a família é grande e muitos morreram, eu sou o primeiro a ir pra uma Universidade. Não sabemos bem dos costumes e nem da língua, temos um dialeto que mistura romanês, Italiano e Russo. Minha avó era de lá, da Rússia, mais ela não conta nada, as vezes escapa alguma coisa. Meu pai é descendente de ciganos que chegaram da Grecia e de Portugal por aqui há muitos anos e se estabeleceram no cultivo básico da terra e na criação de cabras. Vendemos doces, Malaya, minha mãe, cozinha muito bem. Eu, trabalho e estudo perto daqui, em Catanzarro, mais ninguem sabe que somos ciganos, os tziganes. Somos Italianos e não queremos mais guerras. O bisneto se chamava Josephe.
A COZINHA DOS VURDÓNS
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