CONVERSAS NA COZINHA - AÇÕES E ESPERANÇA
Agir é preciso, sempre,
viver é preciso.
Esperança é pedra de atiradeira,
é preciso acreditar.
Os nomes dos campos de concentração e extermínio Auschwitz, Treblinka e Buchenwald serão gravados no pavimento. Eles levam a uma fonte, em cuja borda se lê um fragmento da poesia Auschwitz, do músico italiano Santino Spinelli.
faces encovadas
olhos apagados
lábios frios
silêncio
um coração arrancado
sem palavras
nenhuma lágrima
De uma placa consta a epígrafe: "Recordamos todos os rom que tombaram vítimas do genocídio planejado, na Europa ocupada pelos nacional-socialistas". Uma cronologia histórica descreve o processo de exclusão, perseguição e assassínio dos sinto, rom e outros grupos nômades. aqui
viver é preciso.
Esperança é pedra de atiradeira,
é preciso acreditar.
Campo de concentração para os ciganos - Alemanha
Somente quatro décadas após o final da Segunda Guerra eles foram
reconhecidos como vítimas, ao lado dos judeus e homossexuais. Mais 20
anos passados, e os sinto e rom receberão um memorial.
O ministro alemão da Cultura, Bernd Neumann, iniciou simbolicamente
nesta sexta-feira (19/12), em Berlim, a construção do memorial para os
representantes das etnias sinto e rom ("ciganos") assassinados pelo
nacional-socialismo. Sob chuva torrencial, ele louvou o futuro monumento
como sinal de lembrança e de consternação por este grupo de vítimas,
esquecido durante tão longo tempo.
A menos de 100 passos do Reichstag, o prédio do Parlamento alemão, e à
vista do Portão de Brandemburgo encontra-se um gramado. Lá se
construirá, nos próximos meses, o memorial para os sintos e rom – etnias
popularmente designadas como ciganos – vítimas do nazismo. O projeto é
do arquiteto israelense Dani Karavan.
Os nomes dos campos de concentração e extermínio Auschwitz, Treblinka e Buchenwald serão gravados no pavimento. Eles levam a uma fonte, em cuja borda se lê um fragmento da poesia Auschwitz, do músico italiano Santino Spinelli.
faces encovadas
olhos apagados
lábios frios
silêncio
um coração arrancado
sem palavras
nenhuma lágrima
De uma placa consta a epígrafe: "Recordamos todos os rom que tombaram vítimas do genocídio planejado, na Europa ocupada pelos nacional-socialistas". Uma cronologia histórica descreve o processo de exclusão, perseguição e assassínio dos sinto, rom e outros grupos nômades. aqui
Nos passos da memória
Esther Mucznik
Ao princípio não damos por elas, mas pouco a pouco a sua quantidade
atrai a nossa atenção. Curvamo-nos e vemos pequenas placas incrustadas
no chão, normalmente junto a prédios de habitação. São de cobre ou latão
dourado, do tamanho da mão de uma criança, e têm apenas gravados um
nome, a data e o local da deportação e da morte: “Aqui viveu Anita
Bukofzer, nascida em 1930, deportada em 1943, assassinada em Auschwitz”.
Pequenas placas que perpetuam a memória de judeus, ciganos,
homossexuais e deficientes, junto das casas de onde foram levados para a
morte.
Contrariamente aos grandes memoriais e museus de promoção estatal ou
municipal que abundam na Alemanha, esta iniciativa vem “de baixo”, de
actuais locatários do prédio ou de antigos vizinhos, de comités de
bairro, de famílias das vítimas, de escolas ou de secções locais de
partidos políticos... Graças a uma ideia do escultor Gunter Demning,
lançada na Alemanha em 1993, mais de 25 mil placas cobrem hoje centenas
de cidades e vilas do país. “Estas pessoas foram deportadas sem uma
verdadeira resistência dos seus vizinhos”, explica Demnig, “Auschwitz
era em geral o destino final, mas o incompreensível e o horror começaram
nestes apartamentos e casas”. O projecto chama-se Stolpersteine,
literalmente, “pedras nas quais se tropeça” e como tudo o que diz
respeito à memória não é unânime. Qualquer cidadão pode solicitar a sua
colocação, mas há locatários ou municípios que a rejeitam. Setenta e
cinco anos depois, a memória da guerra e do Holocausto ainda não é
pacífica...
No final de mais este “seminário sobre rodas” organizado pela Associação
Memória e Ensino do Holocausto – Memoshoá – e sabiamente orientado pelo
historiador do Yad Vashem, Avraham Milgram, perguntámos a Bárbara
Distel que foi directora do campo de Dachau durante 30 anos: serve todo
este trabalho de memória de lição para o futuro? “Não sei”, respondeu
com um doce sorriso, “éramos ingénuos quando clamávamos ‘nunca mais!’.
Mas não temos alternativa, mas não há alternativa”, repetiu.
No museu judaico de Berlim, à pergunta feita aos visitantes no âmbito de
um pequeno inquérito: “Crês que no teu círculo de amigos há pessoas com
preconceitos contra os judeus?”, 45 por cento respondia
afirmativamente. Não há de facto alternativa…aqui
França - Paris
Entre julho e setembro, a França expulsou mais de 8 mil ciganos para a
Romênia e a Bulgária - ambos países-membros da UE -, sob a acusação de
viverem ilegalmente em território francês. Todos foram repatriados em
troca de um pagamento de 330 euros por adulto (cerca de R$ 760) e cem
euros por criança (cerca de R$ 230).
Burial of a child - 1.910
Derzo Czigany
Hoje pensamos ... muitas vezes por mais que se construa uma união estável e igualitária entre os povos, há sempre uma tênue linha que separa os dias de hoje dos horrores de ontem; e é aí que chegamos a algumas constatações:
viva um dia de cada vez,
construa um pouco a cada dia,
comemore todas as vitórias,
brinde as alegrias,
nunca deixe de se indignar e
jamais permita que a tristeza invada os seus dias.
Lute e viva,
como se jamais fosse morrer,
na certeza de poder eternizar o seu sorriso.
E o mais importante: plante flores, nos locais onde dantes se encrustavam as pedras.
A nossa alternativa hoje é plantar flores.
Cozinha dos Vurdóns
(tão importante quanto identificar erros oriundos do racismo e da discrinação é promover ações que busquem o crescimento e a resolução, é apoiar as grandes e as pequenas vitória - a tristeza é um fato, a esperança nós construimos hoje)
AMSK/Brasil
Perfeito Post! E sem palavras para expressar os sentimentos e emoções que me invadem a alma e apertam com mão de ferro o coração! O Dgelem,Dgelem em suas palavras e em sua melodia transmite toda a dor e sentimento de tristeza que todos os ciganos, até hoje sentem dentro de si!Quanto tempo passou desde esse lamentável e injusto episódio,porém a dor ainda é atual e bem viva,e continua acontecendo todos os dias no mundo...Rosa vermelha de sangue,imperecível,a brotar e a fluir, manchando a alvura de uma Paz nunca alcançada,de uma Justiça nunca realizada,de uma Liberdade que o mundo ainda não conhece! Sem palavras...Silêncio!Coração arrancado. Continuar caminhando é preciso.Devlesa!
ResponderExcluirMais do que plantar flores onde outrora havia pedras, é fazer com que elas floresçam e se mantenham.
ResponderExcluirNão vale a pena tentar mudar uma mentalidade se no momento a seguir nos esquecemos.
Há que regar e cuidar sempre.
7 beijos brilhantes minhas estrelas.
Mesmo tarde a justiça é como azeite na água
ResponderExcluirExcelente
Um excelente post.
ResponderExcluirPenso que há muito a caminhar. Há pessoas racistas e não racistas em todos os grupos, em todos os países...
Acabar com o racismo não é tarefa fácil.
Plantemos flores!
7 Beijinhos
Cezarina, que Sara abrande o seu sofrimento e lhe dê forças para lutar como sempre lutou, pela liberdade do povo rhom - pelos ciganos do mundo, sendo eles rom, sinte, calom, lovari... enfim, estejamos alerta as configurações perigosas, das quais se sabe que os povos ciganos acabam por levarem a culpa. Esperança e trabalho, de pronto é o que nos cabe.
ResponderExcluirbjs de todas nós
Carlota, as mentalidades são forjadas no egoísmo e na fraqueza de carater, isso, acreditamos que não muda. O que podemos fazer é distribuir soluções e ações e acreditar que em cada ser humano existe um dom para a coexistencia tranquila. Mas temos certeza que a sua roseira florescerá e a geração que dela vier.
ResponderExcluirbjs perfumados de jasmim
Correção Carlota:
ResponderExcluiras mentalidades preconceituosas...
bjs
Mar, nais tukê por compreender. bjs de todas nós
ResponderExcluirIsabel, plantemos flores ... nais tukê.
ResponderExcluirbjs grandes