CONVERSAS NA COZINHA - SEMELHANÇAS DO HOLOCAUSTO

"Nossa relação com o passado se dá de diferentes formas e a partir da interpretação das experiências vividas, o homem passa a ditar determinadas ações de sua vida cotidiana. Geralmente, as experiências ruins são respondias com ações e idéias que evitam a repetição de um mesmo infortúnio. Um claro caso desse tipo de relação do passado pode ser notado quando fazemos menção ao Holocausto."  
Preceitos - Holocausto
 


 "O Holocausto foi uma prática de perseguição política, étnica, religiosa e sexual estabelecida durante os anos de governo nazista de Adolf Hitler. 
Dado o início da Segunda Guerra, o governo nazista criou campos de concentração onde os judeus e ciganos eram forçados a viver e trabalhar. Nos campos, os concentrados eram obrigados a trabalhar nas indústrias vitais para a sustentação da Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Além disso, os ocupantes dos campos viviam em condições insalubres, tinham péssima alimentação, sofriam torturas e eram utilizados como cobaias em experimentos científicos."
"Na Segunda Grande Guerra Mundial, a perseguição e o extermínio dos ciganos, o holocausto nazista, cerca de 600.000 ciganos foram mortos em campos de concentração principalmente em Auschitz e Birkenau, além disso, avia 165 campos de trabalhos forçados. Hitler e sua inspiração em Richard Wagner, compositor ultranacionalista, artista e político influente que pregava o anti-semitismo que unia a vida e a arte para a construção de um ideal de Estado Novo. Modelando-se na antiguidade, interligando arte, política e saúde. Hitler começa sua propaganda nazista, com uma espécie de maquiagem mental para o povo alemão, "arte é a saúde do espelho racial" esse era o slogan, devemos pensar no nazismo também como forma sociológica."   


Total de 7.000.000 pessoas eliminadas acredita-se que outros 5.000.000 de vítimas foram eliminados por discordarem da política nazista. 12.000.000 milhões de indivíduos que perderam suas vidas por pertencerem a uma etnia, religião, facção política ou não serem fisicamente e mentalmente perfeitos. Dentre dezenas de milhares enviadas aos campos de concentração, cerca de duas mil Testemunhas de Jeová pereceram, para onde foram enviados por razões políticas e ideológicas. Sendo objetores de consciência, elas recusaram o envolvimento na política, não diziam Heil Hitler, e não serviam no exército alemão.

Hitler declara:
"A guerra deverá ser de extermínio. Matem sem compaixão ou misericórdia todos os homens, mulheres e crianças de descendência ou de língua polonesa." Preceitos - holocausto.

Uma receita de sobrevivência.
(salada de couve de Bruxelas)


 De gosto forte e acentuado, essa couve pequena nasce de forma soberana e é originaria da Bélgica. Pequena no tamanho mas rica em vitamina C, ferro e colágeno, acaba por esquentar nossos dias, nesse verão de temperaturas baixas e chuva.



Separe algumas couves de bruxelas, lave-as e reserve. Aqueça um litro de água, acrescente sal e azeite, quando ferver, coloque as couves e conte de 10 a 15 minutos no fogo baixo. Após cumprido o tempo, retire-as e reserve novamente.
Numa frigideira alta, junto pedaços finos de bacom, sal, alho e cebolinha - caso queira deixe reservado um pouco de feijão fradinho já cozido no ponto de salada. Refogue as couves até que estejam macias e sua cor acentuada, mexa sempre para não queimar e faça isso no fogo baixo, ela não deve desfolhar.


Salpique romã porque ainda se encontra com facilidade e dá um gosto soberbo e os feijões. Sirva logo em seguida. Essa receita foi retirada de um dos nossos achados antigos. Os rom que emigraram para o Brasil já conheciam e faziam uso dessa iguaria principalmente em sopas e mais tarde, misturadas em guizoz e comidas de caldeirões. Nutre e esquenta, aquece e reconforta, alimenta e dá força. No Brasil, essa iguaria chegou pelas mãos dos nossos colonizadores Portugueses e por aqui ainda não se encontra com tanta facilidade como as outras da sua família, mas, já podemos fazer acompanhamentos de carnes e tortas de legumes.  A Romã por sua vez faz parte de cozinha dos rhom a muito tempo, com seus chás e refrescos, como remédio e amuleto da sorte.


Até hoje o desconhecimento, a banalização dos acontecimentos, a má informação e o descaso na tentativa do esquecimento acontecem. A crise mundial, a fome no Congo, a soma absurda de mulheres estupradas na Somália, os conflitos armados, a política xenofóbica de países europeus e a volta das políticas conservadoras são um alerta para o mundo. Nos resta recordar, em algum momento entre o próprio umbigo e o mundo lá fora, esperamos que o senso humano e humanitário, o último apelo possível, se faça ouvir: Não se trata mais de secar um país para sobreviva sem dividir nada com ninguém, não se trata de manter embora os seus em busca de aventuras além de suas fronteiras. Se trata de olhar o passado e saber das conseguencias que se seguem a todo e qualquer ato de discriminação acentuada sobre um povo. A cronologia dos povos rhom é de total perseguição, desde o início. E quando o vento mudar, a quem vão procurar? Qual nação sofrerá o desmanche em prol da ganância humana? Recordar é não cair na mesma vala que dantes se achava impossível cair. 

Cozinha dos Vurdóns

Comentários

  1. Vou lendo, vou lendo e vou ficando sempre chocada. Onde chega a loucura e a perfídia dos homens? Onde podem chegar os ditadores?
    Não esquecer é a melhor medida...
    Cinco beijos + 2
    o falcão

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  2. Faço minhas as vossas palavras: " Recordar é não cair na mesma vala que dantes se achava impossível cair..." Porque, quem sabe?
    Valha-nos o nosso optimismo e sentir que há ainda muito "lado" bom na Humanidade!
    Utopia, sempre!

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  3. Prefiro a nossa utopia que a cegueira da conveniencia, que acaba por deixar a todos atordoados e inertes. As vezes o desconhecimento me impreciona tanto, que nos tira o sono. Foi duro pra todos, inclusive para muios cidadãos alemães.

    bjs falcão, nosso falcão utópico.

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  4. As couves de bruxelas é que não, baaahhhh!!! Acho que é o único legume que não consigo comer.
    Negar é pior que fazer.
    7 beijos

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  5. Olha que eu ainda faço uma receita especial pra vc...bj grande Carlota.

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  6. E quando o vento mudar, a quem vão procurar?

    eis uma realidade da qual nenhuma grande nação pensa e a história sempre vem e carrega de arrasto.

    amo couve de bruxelas, só não conhecia com romã. boa dica e bjs as 7

    zerafim

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  7. E já está carregando. Basta ficarmos um pouco atentos, imigração, quebradeira econômica, volume de casos de agressão e etc... Não desistir e não achar que jamais poderá acontecer conosco.

    bjs grandes de todas nós

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  8. Caras amigas, subscrevo inteiramente o vosso apelo para a memória das tragédias do passado e do presente. Tive oportunidade de visitar os campos de concentração de Auschwitz e Birkenau e, ainda que prescindisse dessa experiência para estar sensibilizada para o assunto, não deixou de ser uma vivência profundamente marcante. Nesse espaço, o vosso povo é igualmente recordado, a par de outros infelizmente perseguidos e chacinados. A recordação dessa época tem contribuído para a educação de muitos e gosto de acreditar que tem contribuído também para impedir que se repitam atrocidades semelhantes. Infelizmente, isso não é suficiente para evitar horrores como os que referem, com a agravante de estes últimos não terem museus para os recordarem nem pertencerem ao passado, persistindo ante a impotência de alguns e a falta de vontade de outros para os extinguirem. Por isso, resta-nos o apelo e a ação ao nosso alcance para lutar contra tais flagelos. Bem-hajam pela vossa sempre pertinente intervenção.

    Um abraço apertado.

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  9. Ben-hajam R e a todos os que buscam a paz, aos que buscam aprender com o passado para que o presente seja feito de ações e o futuro de esperança. Todo o esforço para que os flagelos desapareçam são bem vindos, pena que pouco discutidos. A cultura de emergir no próprio sofrimento em prol do esquecimento alheio é repetido e contínuo...no fundo esse é o maior perigo visto por nós. Resta-nos sim o apelo e a ajuda continua para que a história não se repita ... tentemos, eis a nossa esperança.

    carinhosamente,

    cozinha dos vurdóns
    AMSK - Brasil

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  10. Sastipê!
    "Geralmente, as experiências ruins são respondidas com ações e idéias que evitam a repetição de um mesmo infortúnio."
    Concordo plenamente com a citação!Vamos construir um futuro tendo como base a educação,os estudos(só com conhecimento podemos enfrentar as dificuldades e preconceitos),a tomada de consciência é necessidade básica para assumir um papel na luta para obter nosso lugar no mundo,com dignidade e respeito!Somente com união,solidariedade e conhecimento poderão os rons alcançar um futuro melhor.Que o passado nunca esquecido,sirva de base para construir nosso destino!Beijos ensolarados!Ando Sara!

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  11. Por um mundo onde todos possam ter as mesmas oportunidades para uma vida digna.

    Adoro couves de Bruxelas.

    7 beijinhos

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  12. Querida cezarina, mais uma vez estamos de acordo e juntas.

    bjs grandes de todas nós

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  13. Isso Isabel, oportunidades, essa é senha de entrada para o respeito.

    Adoro essas couvezinhas também.

    bjs de todas nós

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  14. Temos que viver com a fé de que o mundo avança, e a coragem de não permitir entre todos que retroceda nunca. Não se vai acabar com o sofrimento e as injustiças de um dia para o outro, mas há que lutar, cada pessoa como possa e saiba, "sem pressa mas sem pausa"!
    Beijos

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    1. Sem pausa Maria, porque sempre haverá alguem em algum lutar se achando superior aos outros e procurando serviçãis. Não podemos voltar atrás, mas podemos andar para frente de cabeça erguida.

      bjs de todas nós.

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