TODAS SOFRERAM, MUITAS MORRERAM
... e o sofrimento ia além do trabalho forçado. Ir para um campo de concentração significava, na maioria das vezes, morrer e se separar dos filhos, que também eram assassinados: “Quando uma família chegava, tinha uma separação. Geralmente a mãe ia para a câmara de gás com as crianças e o pai ficava no trabalho forçado”.
As mulheres não foram poupadas. Elas eram mandadas para a câmara de gás por não poder trabalhar e porque ainda poderiam dar a luz a outro da raça dos impuros - alvo dos extermínios.
Gueto de Varsôvia
as mulheres ainda eram abusadas sexualmente.
Rochelle Saidel conta que muitas acabavam levadas
para uma espécie de bordel dentro dos campos para satisfazer alguns homens.
Tinha também a prostituição forçada para as mulheres.
“As mulheres eram forçadas a irem para bordéis
e voltavam muito doente para os campos”,
revela a professora.
De acordo com ela, as mulheres de Ravensbrück
escreviam muitas receitas e
conversavam sobre cozinha.
Chegaram a escrever até mesmo livros.
Tudo com a intenção de lembrar, com a comida,
das famílias que perderam durante o Holocausto.
Fonte: (Pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Rochelle Saidel, estuda há 20 anos a violência contra as mulheres no Holocausto. Ela faz parte do grupo de estudo de mulheres e relações sociais de gênero (Nenge – Usp) e é autora do livro “The Jewish Women of Ravensbrück Concentration Camp” (As judias do campo de concentração de Ravensbrück).)
As mulheres não-judias eram igualmente vulneráveis. Os nazistas cometeram extermínios em massa de mulheres ciganas no campo de concentração de Auschwitz e em muitos outros; mataram mulheres portadoras de deficiências físicas e mentais nas chamadas operações de eutanásia T-4 e em outras similares; e também massacraram as que acusavam de serem partisans em muitas aldeias soviéticas entre 1943-1944. As mulheres ciganas costumavam dançar e fazer festa para as crianças nas noites que antecediam os extermínios, para que a última lembrança dos filhos fosse levada com eles.
As mulheres tiveram papel importante em várias atividades da resistência ao nazismo. Este foi o caso das mulheres que, previamente à guerra, eram membros de movimentos juvenis socialistas, comunistas ou sionistas. Na Polônia, as mulheres serviam como mensageiras que levavam informações para os guetos. Muitas mulheres conseguiram escapar escondendo-se nas florestas no leste da Polônia e da União Soviética, e servindo nas unidades armadas dos partisans. Na resistência francesa, da qual muitas judias participaram, a atuação das mulheres não foi menos importante. Sophie Scholl, uma estudante alemã da universidade de Munique, e membro do grupo de resistência White Rose, foi presa e executada em fevereiro de 1943 por divulgar propaganda antinazista. Fonte: http://www.ushmm.org/
O campo de concentração Ravensbrück foi um campo de concentração feminino localizado 90 quilômetros ao norte de Berlim, na localidade Ravensbrück no município de Fürstenberg (Brandemburgo). Foi construído no outono de 1938 e em maio de 1939, com a transferência de prisioneiras de Lichtenburg, entre elas Olga Benário, tornou-se o único grande campo de concentração feito exclusivamente para mulheres. Durante sua existência, cerca de 132 mil prisioneiras oriundas de 23 países, junto com centenas de crianças, passaram por Ravensbrück, estimando-se que 92 mil foram vítimas de fome, fraqueza e execuções.
Em março e abril de 1945, a Cruz Vermelha sueca conseguiu libertar milhares de mulheres de Ravensbrück com a concordância do chefe da SS, Heinrich Himmler. Em 27 e 28 de abril, as mulheres restantes e que podiam andar foram forçadas a uma marcha da morte.
Em 30 de abril de 1945, o Exército Vermelho libertou o campo de Ravensbrück, onde encontrou somente três mil mulheres, muito doentes. http://www.ravensbrueck.de/
6 mangas graúdas
1 cebola média
2 e 1/2 xícaras de vinagre
2 xícaras de açúcar
1/2 xícara de açúcar mascavo
2 colheres de sopa de gengibre ralado
1/2 pimentão vermelho
1/2 colher de chá de canela em pó
2 cravos-da-índia
2 colheres de sopa de uvas passas escuras
1 pimenta dedo-de-moça (opcional)
sal
1 cebola média
2 e 1/2 xícaras de vinagre
2 xícaras de açúcar
1/2 xícara de açúcar mascavo
2 colheres de sopa de gengibre ralado
1/2 pimentão vermelho
1/2 colher de chá de canela em pó
2 cravos-da-índia
2 colheres de sopa de uvas passas escuras
1 pimenta dedo-de-moça (opcional)
sal
Descasque as mangas e corte a polpa em cubos pequenos. Pique finamente a cebola e o pimentão e reidrate as uvas passas em um pouco de água fervente. Retire as sementes da pimenta se estiver utilizando e pique-a finamente. Coloque em uma panela o vinagre e o açúcar, o mascavo e misture bem, leve ao fogo até que o açúcar dissolva e acrescente todos os ingredientes. Misture bem e cozinhe em fogo baixo até obter a consistência de geléia fina. Retire do fogo e deixe esfriar. Sirva com carnes, aves e pães em geral.
Um prato muito comum na cozinha dos Judeus e Romanis, era o chutney de manga e outras frutas como o figo, muito conhecido também pela cozinha indiana, mas compartilhado por muitos povos. Compartilhamos aí o uso do mel, de vários pães e de muitos doces. Para unir as mesas uma receita de chutney de manga, que hoje pode ser feita em qualquer parte do mundo devido a globalização. Se podemos dividir pratos e receitas, podemos dividir ideais e somar idéias, para que a grande mesa do mundo seja mais justa.
Cozinha dos Vurdóns
SASTIPÊ ROMIS!Muito real,muito impressionante e muito,muito triste a história do holocausto que voces vêm contando através dos dias deste ensolarado janeiro!A receita de hoje é mesmo universal,compartilhada com vários povos deste imenso mundo,por todas as estradas por onde o nosso povo andou...Agradeço a visita ao ALMA CIGANA e os gentis comentários, e fiquem certas que será um prazer dar-lhes a pintura que fiz! Recebam com todo amor esse sincero presente!Beijos perfumados!Ando Sara!
ResponderExcluirObrigada querida amiga, já pequenas a pequena Ikana e aqui a guardaremos de forma calorosa e amiga.
ExcluirA história precisa ser contada ou melhor recontada, essa é a construção de um futuro melhor.
bjs de todas nós
E para além do horror dos abusos e do genocídio, fica também o testemunho dessas mulheres que morreram resistindo e das que persistiram e sobreviveram na adversidade. Lembrá-las é um imperativo, porque representam o legado mais valioso de uma História que jamais devia ter acontecido.
ResponderExcluirUm grande abraço e os parabéns reiterados pela justa homenagem que prestam.
Você nos fez chorar R, é exatamente isso, mulheres como nós, que morreram resistindo e sobreviveram para contar esse triste legado. É mais do que uma daqui e uma daí, são todas nós, no mundo todo.
Excluirbjs e nais tukê por estar aí.
Foi importante ler este post. Como sempre.
ResponderExcluirVer estas fotografias mostra-nos as humilhações sofridas e a impotência perante tanta desumanidade. E continuamos a perguntar como é possível que algo tão terrível tenha acontecido?
Conhecem os filmes "A vida é bela" e "A escolha de Sofia" com a extraordinária Meryl Streep ?
7 beijinhos amigos
Esse era o segredo deles, a capacidade de retirar a auto estima, as posses, os bens e por fim a separação das famílias, dificultando a análise coletiva de identidade de cada povo. Ainda acontece Isabel, mudam-se os nomes dos países, a cor da pele e a representatividade financeira no mundo, mas a brutalidade silenciosa ainda permanece em muitos países.
ExcluirA Escolha de Sofia sim, esse eu já ví e realmente me lembrou quando escrevíamos o post, A vida é bela ainda não ví, mas vou atrás. Valeu a dica.
A cada momento das pesquisas que fazemos, mais nos abre a mente e o coração para a importancia da diversidade, o que o isolamento e as vontades pessoais são capazes de fazer. Resta-nos andar.
bjs grandes de todas nós
Em vez de ficar a chorar, faziam festas e dançavam para alegrar os filhos, no momento doloroso da perda. O dar a volta à separação definitiva. Doloroso demais ao ler...
ResponderExcluirNais Tukê por estarem aí.
7 beijos para as estrelas mais brilhantes que me guiam nas noites escuras
Quando pensamos só na perda, ela nos vence pelo medo e o medo tem a propriedade de paralizar as pessoas, como veneno de cobra. Sorrir e dançar sempre foi uma das saídas dos romani, isso ajuda muito, pode ter certeza. Nais tukê por existir.
Excluirbjs sempre, em qualquer estado que esteja o céu.
Há coisas que não podem ser esquecidas, temos que as recordar constantemente. Para que não se voltem a repetir.
ResponderExcluirBeijos :)
E que Deus nos ajude AC, porque varrer para fora do tapete normalmente cria problemas. Obrigada pelo carinho e pela presença, as vezes sinto a sua falta.
Excluirbjs de todas nós
Amigas,
ResponderExcluirComo podemos esquecer do animalesco acto que o homem foi capaz de cometer?
Sabemos que foram alguns e que para eles não havia fronteiras, nem nada para além do mal...
Interessou-me sobremaneira conhecer o livro e a historiadora que focam nesta postagem.
7 mil beijos pela luta que praticam e pelo que evocam!:)
Realmente Ana, o trabalho dela, digo:Rochelle Saidel é muito bom, todo ele, porque passa pela construção do porque se fala pouco sobre esse assunto e de tudo o que envolvia não falar na época - sobre todas as mulheres que sofreram na guerra.
ExcluirO poder econômico acima das pessoas, alimentado pelo ego e a vaidade, são mais perigosos do que nós pobres mortais imaginamos.
7 mil bjs de agradecimentos...yuly - linda.
Fico para mim com a força interior até ao fim que havia nessas mulheres que dançavam por amor, esse que nos faz grandes e valentes.
ResponderExcluirFico também para mim com os que pararam essa loucura, e a esperança de que nunca mais seja possível.
Beijinhos doces
Ficamos pra nós com essas sensações também, querida Maria. Mesmo que o ser possível nos deixe assustadas ainda.
ResponderExcluirbjs grandes de todas nós.
Queridas,gostaria de saber se leram o último texto que postei no "PELAS ESTRADAS DO MUNDO"...Falatuk,queria que me dessem sua opinião porque isto é muito importante para mim...Por Sara e sempre com Sara!Devlesa!
ResponderExcluirLemos sim e depois te mando um e-mail, mas é bastante interresante. bjs grande de todas nós
ExcluirVejam quando lhes for possível e depois digam a vossa opinião. Tenho a certeza que se vão emocionar com "A vida é bela".
ResponderExcluir7 beijinhos
Andei procurando e passo no fim de semana pra pegar o filme, tem um outro que quero muito ver, depois te conto.
Excluirbjs meus
Estou de acordo com a Isabel, por algo escrevi um comentário sobre o filme ( "La Vida es Bella", 22 de setembro de 2010. Gostavas que lesses, Elisa (?)
ResponderExcluirMais beijos
Linda Maria, vou ler sim ... acertou garota, sou eu mesma.
Excluirbjs grande
Já li bastantes livros sobre o Holocausto, sobre o Nazismo, segunda Guerra Mundial, e por mais que leia, arrepio-me sempre com a barbárie do que aconteceu. Como é possível?!
ResponderExcluirÉ de capital importância que NUNCA se esqueça.
reforço o que escreveu a Isabel sobre o filme "A Vida é Bela". Não deixem de ver.
Beijinhos
Que coisa boa tê-la aqui Claudia, o pior é que ainda é possível e ainda acontece. Definitivamente vou ver o filme.
Excluirbjs e obrigada pela dica e a presença.
bjs de todas nós
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirvaleu a dica.
Excluirbjs dobrados
Queridas,enviei hoje um email para vcs.Aguardo retorno.Beijos no coração!Devlesa!
ResponderExcluirjá lí e já respondí. bjs grandes no seu ilô/devlesa, sastipê.
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